INICIATIVAS CULTURAIS & ECOLÓGICAS
Somos uma Organização Social em Assessoria e Planejamento de Programas e Projetos Eco-Socio-Educativo-Artístico-Cultural de Desenvolvimento Sustentável, sem fins lucrativos, com a Missão de congregar os ativistas e amantes dos diversos movimentos ecológicos, dos direitos humanos e da Terra, digitais-virtuais, educacionais, sociais, étnicos, culturais, artísticos, musicais, literários, jornalísticos, acadêmicos, científicos, religiosos, xamânicos, terapêuticos, espirituais e ambientais. Bem como a comunidade em geral, sem distinção de idade, gênero, cor, nacionalidade, profissão, credo religioso e político. Para juntos expandirmos oportunidades culturais, ambientais e comunitárias. Enriquecendo e fortalecendo a comunidade na troca de saberes e conhecimentos individuais e coletivos tanto nos ambientes físicos ecológicos, rurais e urbanos, como pela internet aberta. Visando enraizar práticas educativas e sustentáveis, em que influenciadores, agentes culturais, ativistas, educadores, profissionais e criadores de conteúdo dos vários países lusófonos e demais nacionalidades do mundo participem como agentes multiplicadores, para fornecer um cardápio diverso de contatos, saberes, vivencias, atividades, inteligências e oportunidades.
A INfluxo é uma Comunidade Midiática Colaborativa, sem fins lucrativos, para que profissionais, ativistas e amantes dos diversos movimentos artísticos, culturais, literários, jornalísticos, educacionais, filosóficos, xamânicos, ecológicos e entre outros da: Cultura, Arte, Vivências e Saberes. Possam reunir em um só lugar seus conteúdos digitais, sejam eles escritos, narrados ou audiovisuais, para expandir suas redes sociais como agentes influenciadores, oferecendo um cardápio de conteúdos criativos, acreditando, dessa forma, no Poder e Magia da EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E CRIATIVA, como expressões da sadia e inteligente formação cultural da condição humana de se auto curar e preservar, pelo compartilhamento colaborativo das experiências individuais e coletivas. Junte-se a essa Comunidade Colaborativa e seja a Influência no fluxo da Mudança!
Na coluna “Escritos do ontem, agora e amanhã”, Jp Santsil escreve contos, crônicas, poemas e relatos do cotidiano e da natureza, repletos de sensibilidade, compaixão, espiritualidade, inteligência prática, relações humanas, autoestima, cura, ativismo ecológico e educação sustentável. Os escritos que embasam essa coluna, se sustentam pelo tripé de três palavras-chaves: SABEDORIA, UNIÃO, VIVÊNCIA. A coluna é quinzenal e vai ao ar sempre às quartas-feiras.
Psicoliteratura: Contos do 'ELE'
(Projeto em fase de conclusão)
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Autor: Jp Santsil
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Género: Contos
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Idioma: Pt/Br
Sinopse:
Esses contos são fragmentos reflexivos de um individuo Ser Pensante ('ELE') que, nascido no início da década de 80, cresceu acompanhando o desenvolvimento do mundo digital e internet, ao se tornar em sua adolescência (na década de 90) um ativista hacker, um cyberpunk. Porém, ao longo do seu amadurecimento, e agora no novo milênio, com família e filhos, sendo também um vlogueiro e blogueiro de sucesso. Percebeu que a visão de mundo e as relações humanas mudará drasticamente com o avanço cultural e monopolista das redes sociais na internet. Agora, temoroso com o futuro, questiona se tudo isso vale a pena, sociopsicologicamente e ecologicamente, para a simbiose humana em relação ao mundo natural, comunal e espiritual em que vivemos.
A Bruxa da Arruda: Crônicas de D. Darluz
(Projeto em fase de conclusão)
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Autor: Jp Santsil
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Género: Crônicas
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Idioma: Pt/Br
Sinopse:
As crônicas de D. Darluz são lembranças do seu bisneto que morara junto a sua bisavó na Chácara Celeste, em algum lugar do nordeste do Brasil. Maria da Piedade, senhora portuguesa, imigrou com sua família ainda no início da sua vida adulta, para as terras brasileiras nas primeiras décadas do século XX, devido a uma forte crise econômica e social na sua terra natal. Descendente dos povos Celtas e Lusitanos, e, de uma linhagem de sacerdotisas curandeiras, rezadeiras e parteiras (que sobreviveram as queimadas nas fogueiras da inquisição), discriminadas em Portugal como 'As Bruxas da Arruda'. D. Darluz, como era conhecida por todos os cidadãos daquela região, mantinha no Novo Mundo os costumes de sua crença natural e animista, o que hoje é classificado de 'Sagrado Feminino' nos inúmeros movimentos e círculos de mulheres. Conhecedora das ervas e plantas de poder e toda sua medicina natural, manipuladora das forças ocultas da natureza, das energias minerais, das coisas inanimadas e seus Elementais... A Bruxa da Arruda procurava ingressar o seu bisneto no Sagrado de toda vida animada e inanimada.
ACID+NEON 2.0
ACID+NEON 2.0 é uma antologia colaborativa multimidiática inspirada no cyberpunk. Produzida pelo Studio Coverge, conta com a participação de mais de 20 artistas, pelo qual o escritor Jp Santsil participa com um conto, intitulado: 'COMPLEXO MEDO ATRAENTE', além de outros convidados que se unem para criar esse experimento de imersão na cultura da distopia tecnológica. A primeira publicação realizada em 2018 trouxe uma chamada para um universo corrupto e caótico, acompanhado de leituras visuais e sonoras que engrandeciam a experiência.
Para o segundo volume, ACID+NEON amplia seus horizontes explorando ainda mais o Futuro Próximo, amarrado a intrigas de escala nacional e global, com pitadas de romance, aventura, horror, o bom e velho noir e um toque gótico e clássico do cyberpunk, nos formatos conto, trilha sonora, arte digital e boardgame.
O lançamento da versão digital (disponibilizada gratuitamente) será no dia 01 de março de 2020 e a campanha para o Financiamento Coletivo da versão física inicia na metade de março! Siga nossos canais para não perder nada!
O FILHO DAQUELA QUE MAIS BRILHA
A incrível saga do Quilombo dos Palmares no Novo Mundo
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Autor: Jp Santsil
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Data de publicação: 20 de novembro de 2021
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Número de páginas: 482
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ISBN: 978-65-996304-0-8
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Editora: Coverge
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Género: Romance/Ficção Histórica
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Idioma: Pt/Br
Sinopse:
Aqui começa uma história de amor e luta, de esperança e liberdade, de profecias, espiritualidades e crenças messiânicas no período colonial português, espanhol e holandês no Brasil. Esta saga tem palco no Quilombo dos Palmares, (“Estado Livre” dos muitos povos africanos, ameríndios e criptojudeus perseguidos e escravizados) situado entre o atual estado do Pernambuco e Alagoas, onde era a Capitania Hereditária de Pernambuco e nos conta uma história mística de um Preto Velho GRIOT chamado Djeli, um descendente dos antigos contadores de histórias africanos e de N’zambi, um jovem da descendência real do Antigo Império Congo, que futuramente se tornaria um dos maiores heróis negros da história dos africanos escravizados, forçadamente trazidos para o Novo Mundo.
Além da Terra, Além do Céu – Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea – Vol II
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Autor: Jp Santsil & Vários Outros Autores
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Data de publicação: Maio de 2017
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Número de páginas: 1736
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ISBN: 978-989-52-0189-1
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Colecção: Prazeres Poéticos
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Género: Poesia
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Idioma: Pt/Br
Sinopse:
A Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea "Além da Terra, Além do Céu" reúne cerca de 1500 poemas escritos em língua portuguesa por autores nascidos em todo o Brasil.
Além da Terra, Além do Céu – Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea – Vol III
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Autor: Jp Santsil & Vários Outros Autores
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Data de publicação: Outubro de 2017
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Número de páginas: 1272
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ISBN: 978-989-52-4024-1
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Colecção: Prazeres Poéticos
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Género: Poesia
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Idioma: Pt/Br
Sinopse:
A Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea "Além da Terra, Além do Céu" reúne cerca de 1200 poemas escritos em língua portuguesa por autores nascidos em todo o Brasil.
"Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!"
Carlos Drummond de Andrade
עולם חדש - Novo Mundo
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Featured : Dvir Cohen Eraki (Diwan Halev) & Jp Santsil (Brazil) "Tones" Album, released October 2, 2017
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Music by : Tom Lev & Adar Lev
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Lyrics : Tom Lev, Dvir Cohen Eraki, Jp Santsil
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Recorded at : Onyx Studio & Slice Studio, Eran Kats Studio
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Mix by : Avi Ein Zur
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Mastered by : Erez Caspi
Musicians:
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Tom Lev : Vocals
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Adar Lev : Guitar, Vocals
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Jp Santsil : Vocals, Pandeiro, Birimbau, Agogô
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Dvir Cohen Eraki : Vocals
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Shahar Kaufman : Electric Guitar, Keyboard, Bass, Mandola
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Gavriel Aisenman : Drums
Lyrics: (Hebrew, English, Portuguese)
HEBREW: Tom Lev & Adar Lev
״באנו לעולם הזה ללמוד ולהנות כל ניצוץ של תודעה מקרב ת׳גאולה זה הקול שבך, חי בתוכך, בחר נכון ודע את עצמך הומור, רכות ומתיקות מביאים ת׳אהבה עוצמת הנשמה לעולם איתך כי הלב יודע שכולנו חופשיים אז בואו נכוון וניצור עולם חדש ״
(Translation: "we came to this world to learn and enjoy, every spark of consciousness brings the salvation closer, its the voice that is in you leaves inside you, choose well and know your self, humor, softness and sweetness brings the love, the power of the soul is forever with you, because the heart knows we are all free, so lets ame and create a new world"
"Nós viemos a este mundo, para aprender e desfrutar. Cada centelha de consciência aproxima da salvação. A voz que está preza dentro de você, deixa ela ecoar. Escolha bem e conhece a ti mesmo. Alegria, suavidade e doçura traz o amor. O poder da alma está sempre com você. Porque no coração somos todos livres, então vamos amar e criar um Novo Mundo")
ENGLISH: Dvir Cohen Eraki (Diwan Halev)
״show me the spark of creation rejoice in a big celebration give honor fi all of the nation unity and love from jah jah creation welcome tonight is the night everybody come and dance and fill alright spread jah love instead of fight together we shall bring jah light"
"Mostre-me a centelha da criação e regozije em uma grande festa. Vamos honrar toda a nação. Unidade e amor de Jah Jah, O Deus Todo Poderoso de toda a criação. Bem-vindos a esta noite, é a noite de núpcias em que todo o mundo vem para dançar, e encha-se do bem, e espalhe o AMOR de Jah em vez da guerra. Juntos vamos trazer a Luz de Jah"
HEBREW: Tom Lev & Adar Lev
״ ״כי הכל כבר כאן רק צריך לשמור על זה מה נותר רק לאהוב, לעשות את הכי טוב כי אין זמן, אז בואו נתעורר כל שהיה עבר ונגמר, אז בואו ביחד נברא עולם חדש״
(Translation: "because everything is here and we just need to take care of it, and what has left to do is love, do the best we can, because there is no time so lets wake up, every thing that was in the past has finish so lets create a new world together"
"Porque tudo já está aqui e agora, e nós só precisamos cuidar desse presente momento, e o que nos resta a fazer é só amar, dá o nosso melhor de si, porque não há mais tempo à perder, então, vamos acordar, tudo o que estava no passado já terminou, então, vamos criar um Mundo Novo juntos!")
PORTUGUESE: Jp Santsil (Brazil)
״Eu sou do Quilombo a toda hora em todo momento
Se não me reconhece a Quilombagem é o meu movimento
Caminho pelo mundo como vento em todo lugar
Desviando obstáculos sei que nunca vou parar
onde quer que eu vá! Eu estou no centro do mundo
Minha mente é sem fronteiras, Minha visão vai mais a fundo
Assim como no passado me libertei do canavial
Sou liberto da insensatez que reina no atual״
Invisível Escravidão
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Featured : Jp Santsil
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Music by : Jp Santsil
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Lyrics : Jp Santsil
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Recorded at : Quilombo Moderno
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Mix by : Jp Santsil
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Mastered by : Jp Santsil
Comentário:
Invisível Escravidão nos traz uma reflexão profunda de quem somos nós, nesse planeta 100% natural, onde reina entre todas as formas viventes o vegetal. Aborda temas da responsabilidade que temos com todas essas coisas que adquirimos fora do mundo natural, toda essa superficialidade externa a nós de insumos e mercadorias, e toda essa industria digital e cultural em que nascemos.
LETRA:
Caminho pelo asfalto dessa selva de concreto
Me desvio das pessoas que circulam pelos prédios
Paro na sinaleira observando o semáforo
O sinal está vermelho e o meu corpo está parado
Já do outro lado além da faixa de pedestres
Pessoas robotizadas pela maneira em que se vestem
Esperando o piscar do sinal esverdeado
Nos dando o privilégio de caminhar em frente aos carros
Passos acelerados ao caminho do trabalho
Olhar indiferente como se estivesse mergulhado
No submundo do profundo coletivo inconsciente
Inúmeras problemáticas que preocupam toda gente
Mas o que fazer se o crime foi perfeito
Assassinaram o real e iludiram o sujeito
Suplantaram a realidade simulando referências
Mataram a verdade publicando falsas crenças
A imagem do reflexo que supõem a realidade
Falsificada, adulterada numa vã publicidade
Em uma tela de valores assassina do real
A ilusão e a fantasia que vivemos é o normal
Sigo pela frente observando toda gente
Robores orgânicos controlados pela mente
Maquinas de carne e osso que evoluiu do animal
Habitantes do concreto que substituiu o natural
Vejo plástico em vez de folhas circulando pelo vento
Vejo holofotes luminosos ofuscando o firmamento
Paisagens naturais em resmas de papel
Não mais vejo o por do sol por causa do arranha-céu
Nessa concretização de aço, vidro e cimento
O natural é uma árvore que não passa de ornamento
Constantemente sendo podada ao longo do seu crescimento
Para não tampar a vista do apartamento
Vejo uma multidão de uma superpopulação
O aumento do consumo e a industrialização
Quase oito bilhões de pessoas em todo mundo
Apenas 20% consome 80% dos recursos
Esses 20% são os que habitam o hemisfério norte
São os que geram todo lixo, poluição e toda morte
Enquanto isso 80% da população mundial
Tem apenas 20% do recurso natural
Esses 80% são os que habitam o hemisfério sul
São aqueles países pobres arrodeados de urubus
A abundância dos bens de consumo industrial
Frequentemente é considerada o sucesso capital
Símbolo de uma economia em grande expansão
No entanto sua demanda gerou toda poluição
Os bens em toda cultura manifesta os valores
Cargos, posição, dividendos e credores
Não sendo atividade neutra, individual ou despolitizada
Ao contrario o consumismo é o que me mata, é o que te mata
O consumista manifesta sua maneira de ver o mundo
Ecologia, valores éticos, escolhas políticas está no consumo
Amplamente influenciada pelo estilo de nossas vidas
A publicidade se expandiu nos transformando em consumistas
O consumo se transformou em compulsão e um vício
Estimulado pela força de um mercado característico
Produzindo carências e desejos materiais falsos
Eu sou reconhecido pelo que visto, pelo que calço
Pelo meu smartphone, pela minha casa, pelo meu carro
Por aquilo que consumo estimulado no mercado
E assim vou vivendo sempre me auto avaliando
Pelo que tenho, pelo que trago e consumo todos os anos
Mas é muito difícil estabelecer agora um limite
Entre o consumo e o consumista, entre a marca e a grife
O que é básico para mim pode ser supérfluo para você
O que é supérfluo para você é o que vai me entreter
Até mesmo o tempo livre e a felicidade são mercadorias
Que alimentam esse ciclo do consumo todo dia
O individuo é reduzido ao papel de consumidor
Sendo cobrado por uma espécie moral e cívica de valor
O consumo é o lugar onde os conflitos entre classes
São originados desigualmente na produtividade
Ganham continuidade através da desigualdade
E na distribuição e apropriação em porcentagens
As vezes eu me sinto um rato de laboratório
Dando voltas em gaiolas estimulado pelo que olho
Vendo aglomerações em torno das fábricas de alimentos
Demandando suprimento para quem não produz o seu sustento
Métodos artificiais, fertilizantes, pesticidas químicos
Manipulação genética, hormônios para o crescimento físico
Se de um lado tais práticas aumentaram a produção
Do outro lado vem causando danos a população
Agrotóxicos e monocultivos favorecem o desiquilíbrio
Das pragas, doenças, plantas, ervas daninhas e micro-organismos
O controle biológico é a solução para esse mal
Utilizando a cadeia do seu inimigo natural
Devido ao conhecimento de como aplicar o meu pensamento
A essência de minha vida não vou mais interrompendo
Quando eu digo, EU CONSIGO!, sentindo profundamente
Algo em mim explode rompendo a cápsula da semente
Controlando minhas palavras, observando meus sentimentos
Buscando a virtude de viver a cada momento
Através de muito séculos de ignorância e incompreensão
Carregamos falsos conceitos de uma invisível escravidão
Anulando nossa alma, aniquilando nossa divindade
Ofuscando o coração, apagando a VERDADE!
Veja abaixo o videoclip
Trago no meu Sangue
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Featured : Jp Santsil
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Music by : Jp Santsil
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Lyrics : Jp Santsil
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Recorded at : Quilombo Moderno
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Mix by : Jp Santsil
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Mastered by : Jp Santsil
Comentário:
Trago no meu Sangue foi uma letra escrita nos meus 17 anos (1998), ainda quando eu vivia nas favelas de Salvador, na Bahia, e era ativista militante do Movimento Hip-Hop Organizado no Nordeste de Amaralina. Essa letra revela o meu contexto existencial na época, vivente de uma realidade cruel e preso a uma cadeia de ignorância e miséria karmica. Eu era um jovem ativista da favela, em que presenciei muito sofrimento, segregação social e cultural alienantes, além de presenciar muitas mortes, fome e descaso por parte dos governantes locais e federais para o povo negro nas favelas. Fui vítima de muitas barbaridades, racismos e discriminação por conta da minha condição de ser um preto pobre, nascido nos guetos e favelas de Salvador. Porém, busquei na Sabedoria Divina, a minha divindade como um ser-humano que veio a esse plano terrestre, para evoluir existencialmente, independentemente, da minha situação social e ao contexto miserável em que vivia. Eu não era compreendido pelos meus familiares, amigos e conterrâneos favelísticos. Pois, divinamente obtive uma compreensão do Sagrado Superior em mim mesmo. E minhas palavras eram por demais evoluídas para o contexto do saber dos ouvintes, nos palcos das favelas e até, das universidades em que me apresentei, quando fui um MC, no grupo de rap que se chamava Quilombolas, fundado no Nordeste de Amaralina. Portanto, ao ouvir essa canção e prestar atenção a sua letra, não a julgue como um canto incoerente, pela sua incompreensão de vida. Essa canção é fruto de um jovem favelado que foi além do seu tempo e espaço, e situação. Pelo qual, no seu tempo, nunca foi compreendido... e não sei se ainda o será.
LETRA:
Ainda no futuro levo uma vida escravizada
As lembranças de vitórias do meu povo, apagadas
O passado do meu povo parece que não passou
Toda luta e o ideal do Quilombo acabou
O passado que não passa, a senzala disfarçada
A liberdade acomodou, a abolição estagnou
Um futuro sem passado, um presente sem memórias
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Querem que eu acredite que o meu passado foi escravo (cativo)
Querem que eu acredite que eu sou do povo condenado (fugido)
Dataram a minha chegada e forjaram a minha história
Delinearam o meu mundo e apagaram a minhas memórias
Ainda no futuro o mesmo esquema colonial
Só disfarçam, pintam a cara, mas na real, está tudo igual
O operário é o escravo, o policial capitão do mato
O político é o senhor na casa grande do senado
Para nos separar dão falsos cargos e criam leis
Foi a tática do escravista e hoje a tática do burguês
O monopólio da política é a herança do português
Passando de pai para filho, de filho à neto toda vez
Vejo a prisão nos meios de comunicação
Pressinto o perigo na rede de informação
Controladores mentais forjando, assim, realidades
Condutores de Espíritos para o caos e falsidades
Vejo no cotidiano o que se transformou o ser humano
Zumbis alienados, iludidos e profanos
Teleguiados pela imagem de uma caixa de ilusões
Transformados, fragmentados, gozando das separações
Telas de falsas leis, falsos mundo e ideais
Janelas dos perdidos, quadro dos banais
Delícias dos imbecis, néctar dos hipócritas
Transformando o ser-humano em tagarelas idiotas
Vejo em cada barraco controladores de emoções
Forjando uma falsa cultura em meio de informações
Hipnotizados na poltrona se perdem em referências
Objetos do consumismo, isso é a consequência
Consequentemente, o mesmo filme em minha mente
O início e o fim da ignorância novamente
A cobra que morde o rabo, o mesmo ciclo vicioso
A QUILOMBAGEM minha cultura, liberdade pro meu povo
Ainda no futuro levo uma vida escravizada
As lembranças de vitórias do meu povo, apagadas
O passado do meu povo parece que não passou
Toda luta e o ideal do Quilombo acabou
O passado que não passa, a senzala disfarçada
A liberdade acomodou, a abolição estagnou
Um futuro sem passado, um presente sem memórias
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Nasci na favela, morador do gueto sou do Quilombo
Entre becos e barracos sofri a miséria do ser-humano
Condicionado a ter pouco, a falar pouco, a comer pouco
Aumentando a ignorância estancada no meu corpo
Sobrevivi a estagnação, a acomodação a alienação
Busquei a liberdade de uma mente em escravidão
Minha mente virou Quilombo elevando a minha consciência
Agora um quilombola moderno, busco minha recompensa
Não almejo o sucesso, nem a fama, nem dinheiro
E nem me orgulho de ser pobre, pobreza leva ao desespero
Quero estar de boa com יהוה, sempre vivo e sossegado
Quero ver o “preto” feliz e o “branco” estagnado
Preto veja o que eu vejo nas políticas não há beleza
Esse caminho não tem volta só revolta e tristeza
Consciente de que meu povo construiu esse país
Povo queira o que é seu, e o que é seu vai ter que vir
Vou formulando protestos de elevada conscientização
A chave do meu progresso é o AMOR em UNIÃO!
Não tenho nenhum patrão, não sou empregado de ninguém
Assim, como, Zumbi. Também, nasci para ser REI
Presente no momento dignidade e conscientização
Repito a frase de um amigo (ישוע) alertando os irmãos:
EU SOU VITORIOSO E A PALAVRA É SUPERIOR A TUDO!
CÉUS E TERRA PASSARÃO, COMO PASSARAM NO DILÚVIO!
Não me contento com migalhas o que eu quero é conquistar
Não me limito a ignorância reinante do lugar
De homens embriagados no néctar das tolices
Delícias dos imbecis, ignorância e burrice
Tenho a consciência que sou do tamanho do meu pensamento
Não vou me limitar aos benefícios do governo
Sou vitorioso e em יהוה eu vou CRESCENDO!
Sou vitorioso e dia-a-dia eu vou VENCENDO!
Ainda no futuro levo uma vida escravizada
As lembranças de vitórias do meu povo, apagadas
O passado do meu povo parece que não passou
Toda luta e o ideal do Quilombo acabou
O passado que não passa, a senzala disfarçada
A liberdade acomodou, a abolição estagnou
Um futuro sem passado, um presente sem memórias
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Trago no meu sangue a consciência dos quilombolas
Veja abaixo o videoclip
Cuspir nas Estruturas
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Featured : Jp Santsil
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Music by : Jp Santsil
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Lyrics : Jp Santsil
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Recorded at : Quilombo Moderno
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Mix by : Jp Santsil
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Mastered by : Jp Santsil
Cuspir nas Estruturas volta mais uma vez aos finais dos anos 90. Período conturbado para um jovem como eu naquela época. Essa letra retrata isso... indignação de um jovem negro da favela, que escolheu o caminho do bem e fez do RAP a sua arma. Muito diferente dos meus mais de 25 amigos de infância que perdi para o tráfico de drogas. Dizem que o homem é produto do seu meio. Eu sobrevivi a esse meio de maldades, atrocidades e ignorância... e essa letra de RAP foi o meu grito de sobrevivente. Voz com tons de revoltas, mas que me libertou da miséria em que me encontrava.
LETRA:
Pra entender o Rap, tem que ser inteligente
Pensar e refletir, e agir decentemente
Tem que ter a humildade, o respeito, a virtude
Nas rimas, nas batidas, nos scratches atitude
Para ignorância sabedoria é a cura
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Para ignorância sabedoria é a cura
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Adoentados não o corpo, mas é pela mente
O sistema hipnotiza permanentemente
Como bonecos de fantoches somos controlados
Alienados, massacrados e escravizados
Fazendo isso ou aquilo vão te dando ordens
Aí parceiro tô ligado o sistema fode
Vai fodendo a sua vida e de sua família
Por uma beca, um barraco, um prato de comida
E aquele preto no sol quente de uma construção
Que constrói apartamentos e também mansão
E no final analisando o fruto do trabalho
Vira o rosto para o lado e fica revoltado
Constrói o belo e o conforto bancando os ricos
Enquanto mora num barraco, num desses cortiços
E aquela preta lavadeira sempre escravizada
Que sempre lava a sua cueca, limpa a sua privada
Que prepara o seu café, almoço e jantar
Que você não dá valor na hora de pagar
Falo sério e não me igualo a nenhum político
Opressores mentirosos quem duvida disso
Que no discurso abre a boca e rir como uma hiena
E no palanque vejo a besta falando blasfêmia
Falando sério, aí parceiro não estou brincando
O sistema com as suas armas vai te derrubando
Fique atento meu irmão não seja alienado
O sistema manipula e quer te ver calado
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Tem que ter cultura pra cuspir nas estruturas!
Em fevereiro o massacre aqui é total
É o sistema e sua máquina do carnaval
Nos camarotes protegidos estão os barões
E lá em baixo o meu povo fora dos cordões
Que faz surgir o repique, o toque do agogô
Agora assiste excluído o que inventou
E a playboysada se diverte dentro de um bloco
E na calçada é mais um preto que amanhece morto
E tem Brown que anda achando que é o Faraó
E que o Egito é a Bahia, preto tenha dó
A Bahia minha terra pro turista é bela
Vou mudando opinião mostrando a favela
Aqui é onde a pobreza fica amontoada
Aqui tem casa sobre casa ruas abandonadas
Aqui também é onde impera atos de violência
Aqui a morte e a malandragem são as consequências
No meus estado condenado de ser um preto pobre
Vejo o massacre do sistema e tenho que ser forte
Vários irmãos e irmãs vão perdendo a vida
Na frente da televisão, no copo de bebida
Nos pagodes várias tretas, várias baixarias
Vão bitolando o meu povo com suas orgias
Acredito na mudança através do RAP
Por isso canto superando a rima prevalece
Prevalecendo como vírus de um condenado
O HIP-HOP se alastrando, nego é o meu contagio
E um dos sintomas são o excesso de informação
É o protesto, a união e a revolução
Faço do RAP minha, arma minha opção
As minhas rimas cabulosas são a munição
Engatilhados de batidas pulsando no ouvido
São as rajadas de scratches do DJ zunindo
Vou rimando e vou cuspindo em quem estiver na frente
A batida é o gatilho, a rima está no pente
Movimento HIP-HOP tem que acreditar
A parada é que é louca, sim! Vamos mudar!
O Povo Preto
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Featured : Jp Santsil
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Music by : Jp Santsil
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Lyrics : Jp Santsil
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Recorded at : Quilombo Moderno
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Mix by : Jp Santsil
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Mastered by : Jp Santsil
Comentário:
O Povo Preto ainda remontando os finais dos anos 90, uma ânsia por uma identidade o jovem negro da favela sente em seu coração. O que herdou dos seus antepassados? Não foi ouro ou prata... nada herdou de bens matérias... os bens foram culturais. Uma cultura de luta, uma cultura de paz em meio a revolta. Assim, eu, aos meus 17 anos retratava nessa letra. Assim ainda me faço. Zumbi Rei! Ainda sou o seu eterno quilombola.
LETRA:
“Ainda sinto os chicotes no meu corpo
Os gritos apavorados do meu povo
O eco das chibatadas ouço ainda no pelourinho
O sofrimento e o lamento do meu povo no moinho
Lembro-me de ouvir as vozes dos capitães do mato
Ferozes pelas matas vão esvouraçados
Fecho olhos clamando por meu Eledá, Rei das Matas
Oxóssi, guerreiro, me livre do tronco e das chibatadas
Ainda sinto as dores dos meus antepassados
Que na África foram reis e no Brasil escravizados
Povo maltratado, humilhado e injustiçado
Que de geração em geração ainda carrega esse fardo
Sinto no meu sangue o poder do povo negro
A vontade de justiça, e a posição de um guerreiro
Sinto que a beleza não depende de uma cor
Mas, sim, de uma consciência que só o negro dá valor
Sinto que sou negro e carrego uma herança
Sinto no meu sangue uma grande esperança
Esperança que um dia veio de um negro na senzala
Que sonhava em ser livre, e que seu povo imperava
Sinto que meu povo ainda vai imperar
Como impera até hoje nas falanges os orixás
Sinto que o bem é verdadeiro, e que o verdadeiro sempre vence
Sinto que vence!
Sinto que vence!
Sinto que vence!”
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do povo africano, daomeano
Yoruba dos negros maometanos
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do povo africano, daomeano
Yoruba dos negros maometanos
Eu tô chegando devagar como quem não quer nada
Com rimas pesadas, matando gato a paulada
Ultrapassando o limite das fronteiras impostas
Preste atenção meu irmão, o que é meu ninguém toca
O coqueiro balança, mas nunca irá cair
Nem tempestade derruba, nunca vou desistir
Nunca vou desistir, então, melhor tu se ligar
Sou um quilombola e continuo no ar
Chegando devagar como quem não quer nada
Faço tu vibrar com rimas envenenadas
Penetro no teu sangue, na tua circulação
Como adrenalina acelero teu coração
Como já falei e vou voltar a falar
Sou um quilombola e continuo no ar
Continuo no ar para melhor te informar
Com palavras bem dosadas para te amenizar
Falo com sinceridade, peço que não se esqueça
Capoeira, HIP-HOP na lata, na cabeça
Atenção!
Atenção!
Para mais um comunicado:
Vou chegando controlando pra deixar descontrolado!
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do povo africano, daomeano
Yoruba dos negros maometanos
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do povo africano, daomeano
Yoruba dos negros maometanos
Símbolo da resistência foi o Rei Zumbi
É o verdadeiro herói do nosso país
Zumbi não morreu, nem nunca irá morrer
No mestiço brasileiro ele vai renascer
Ele foi uma bandeira, um estimulo de luta
De negros que lutaram para uma causa justa
Miséria e pobreza foram a indenização
Daqueles que trabalharam para erguer Nação (Brasil)
Três séculos se passaram e continua o mesmo
Escravidão, humilhação e muito desespero
A favela é o Quilombo Moderno
O que era paraíso, hoje chamo de inferno
Me digam quem são os capitães do mato
No tempo do cangaço, chamavam de macaco
O Quilombo não tem mais privacidade
Os capitães do mato invadem à vontade
A semente germinou, um novo dia raiou
A resistência do Quilombo ressuscitou
Zumbi Rei! Grande exemplo de vida
Sou um quilombola e continuo na ativa!
Zumbi Rei! Grande exemplo de vida
Sou um quilombola e continuo na ativa!
Zumbi Rei! Grande exemplo de vida
Levanta o teu povo pra batalha vencida!
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do povo africano, daomeano
Yoruba dos negros maometanos
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do gueto
Do povo preto
Eu sou do povo africano, daomeano
Yoruba dos negros maometanos
O quilombo é a favela a favela é o quilombo
O quilombo é a favela a favela é o quilombo
A favela é o quilombo o quilombo é favela
A favela é o quilombo o quilombo é favela
Zumbi!
Cesto de Maçã Envenenada
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Featured : Dj Bandido
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Music by : Jp Santsil, Carlinhos Mutante, Dj Bandido
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Lyrics : Jp Santsil, Carlinhos Mutante
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Recorded at : Quilombo Moderno
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Mix by : Dj Bandido
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Mastered by : Jp Santsil
Comentário:
Cesto de Maçã Envenenada retrata a realidade dos jovens nas favelas de Salvador, em particular no Nordeste de Amaralina, na década de 90. Essa letra expressa fielmente a realidade da favela, e do regime ditador do coronel Antônio Carlos Magalhães, o ACM, ou Cabeça Branca, como era apelidado na Bahia. Letra com o linguajar chulo da favela, mas que retrata a realidade das minorias sociais, e da opressão por parte dos políticos e da sua milícia armada, a policia militar. Quase 30 anos se passaram quando eu, e, o meu parceiro de rap Carlinhos Mutante fizemos essa música, e a realidade nas favelas ainda é a mesma. O que mudou? Nada mudou… só piorou!
LETRA:
A política é um cesto de maçã envenenada
A pura que entrar apodrece na parada
Se liga sangue-bom Ação Contra Minoria (ACM)
Vão roubando o que é seu e dando a sua cria
Sou um guerreiro negro, veneno 100%
Sou morador do gueto, minha política é de preto
Vitória conquistada, liberdade na parada
Quilombola é o som, Hip-Hop minha jornada
Aí parceiro tô ligado, tá ligado na colé
Sou esperto, fique esperto, não, não sou zé mané
Parceiro, mano-velho tô ligado no esquema
A parada aqui é loca, vixe, aqui é só problema
Brigas de mãe e pai, harmonia não tem mais
A falta de dinheiro traz revolta pra carai
Olha só, irmão meu, várias tretas na parada
É dia e noite rincha, vários tiros na quebrada
Irmão matando irmão, pobre matando pobre
Do Areal a 11, morre quem não se envolve
Inocente ou bandido tá difícil de viver
A polícia quando chega, não, não quer nem saber
Só querem só bater, humilhar e espancar
Pedem o fragrante se não tem vai forjar
E tiram uma onda vestido de amendoim
Seus rebanhos de macacos sei o que é bom pra mim
O gostinho do poder, fez vocês se perder
Vestem uma farda e manda o outro se fuder
Irmão te digo mais, não vou te deixar em paz
Cê é macaco do governo, não passa de capataz
Otário, vacilão, traidor do povo
Perdeu a identidade do governo virou jogo
Aí parceiro meu, tô ligado no esquema
A guerra na favela quem criou foi o sistema
Quem trouxe o armamento e deu o segmento
Menino de fuzil, veneno 100%
Só somos funcionários do sistema empregador
Carteira de ladrão, profissão do terror
Eu sei distinguir, sei diferenciar
O funcionário do patrão, quem cumpre e quem manda
O sistema traz a droga, traz a arma para o gueto
Ele é o patrão, o funcionário é o povo preto
E paga as consequências da pesada profissão
Cadeia ou caixão é a indenização
A política é um cesto de maçã envenenada
A pura que entrar apodrece na parada
Se liga sangue-bom Ação Contra Minoria (ACM)
Vão roubando o que é seu e dando a sua cria
Sou um guerreiro negro, veneno 100%
Sou morador do gueto, minha política é de preto
Vitória conquistada, liberdade na parada
Quilombola é o som, Hip-Hop minha jornada
Sou Mutante vacinado, também vim pra relatar
A muito tempo é só lamento e eu não vejo nada mudar
O desemprego predomina, cadê a educação?
Escola paralisada, professores em manifestação
Tá difícil, mano eu te digo:
Vivemos esquecidos, submetidos a vários riscos
Pare e raciocine, quem causa tudo isso?
Não sou eu, não é você, são os próprios políticos
No mar de corrupção sua profissão é exercida
Renuncia seu mandato, depois volta de cara limpa
Querendo iludir o povo com falsos discursos e propagandas
Tô ligado! Sua borra de asfalto não me engana
Tudo errado! Em todo canto é só maldade
Quando diminui o respeito aumenta mais a impunidade
Se ando pelas ruas o clima é tenso na esquina
O mano da rua de baixo trocando tiro com a de cima
O mal vive por perto, mas eu não vou desistir
Na resistência vamos seguindo, descendente de Zumbi
Passando para o povo o que a televisão não passa
Falando a verdade desmascarando essa farsa
Não sei como essa gente consegue ser assim
Tem o poder nas mãos para enriquecer até o fim
Bando de corrupto, engravatado disfarçado
Suas leis, suas ordens não vão me deixar calado
Já cansei disso tudo! Chegou a hora de mudar!
Quilombolas é o nome e você pode confiar!
A política é um cesto de maçã envenenada
A pura que entrar apodrece na parada
Se liga sangue-bom Ação Contra Minoria (ACM)
Vão roubando o que é seu e dando a sua cria
Sou um guerreiro negro, veneno 100%
Sou morador do gueto, minha política é de preto
Vitória conquistada, liberdade na parada
Quilombola é o som, Hip-Hop minha jornada
Tô por dentro, tô ligado, zé mané como é que é
A miséria e a guerra traz riqueza pra mingué
Quem ganha é os ricos, artistas e políticos
Fazendo da pobreza seu próprio artificio
Projetos sociais só para roubarem mais
Investindo na miséria, aqui o lucro rende mais
E o safado do político no palco aliena
Aí parceiro meu, tô ligado no esquema
Vão botando uns pagodes pras meninas requebrar
E depois joga uns frevos pros parceiros se matar
E o sacana do político sobe no palanque
E depois que ele desce, meu cumpadi é choro e sangue
Veja só agora! Veja a sua cara!
Veja a consequência! É só facada, sangue e bala
Ainda rola mais! O sangue não acaba mais...
Depois dos tiroteios, hei, vem os capataz
Parceiro não aquento, vou te ser sincero
O poder pertence ao povo, é isso o que eu quero
É governo, é senado, estamos acomodados
Morre filho, entra neto, tá tudo dominado
Vejam só a sigla: (ACM) Ação Contra a Minoria
Ele tem todo o poder, e quem herda é sua cria
É nome de avenida, patrimônio e escola
Mudou o Aeroporto! Cadê a nossa História?
Senhor-de-engenho, coronel, feudalista, czarista
Aqui chegou seu fim! É de preto a minha política!
A política é um cesto de maçã envenenada
A pura que entrar apodrece na parada
Se liga sangue-bom Ação Contra Minoria (ACM)
Vão roubando o que é seu e dando a sua cria
Sou um guerreiro negro, veneno 100%
Sou morador do gueto, minha política é de preto
Vitória conquistada, liberdade na parada
Quilombola é o som, Hip-Hop minha jornada