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Foto do escritorJp Santsil

A Mística Cidade de Jerusalém (Yerushalaym)

Atualizado: 11 de out. de 2020


Realmente, há uma atmosfera misteriosa que circunda a cidade antiga de Jerusalém aos inúmeros visitantes que lá chegam todos os dias. Não importa se são ateus, agnósticos, simpatizantes ou religiosos judeus, cristãos ou muçulmanos. Essa atmosfera criada, principalmente, pela sua arquitetura antiga de grandes prédios, torres e muros de tijolos de pedras naturais calcárias (limestones), de rara beleza e tonalidades acinzentadas, misturadas a um bege cor de mel, sendo polida pelo vento e de levigadoras envelhecidas com seu charme milenar, e ao mesmo tempo que atemporal, confere um equilíbrio e harmonia unida aos seus becos e vielas de calçadas, também, de pedras, repletas de uma “mística feira” com frutas, iguarias, temperos locais, e comércios de artefatos religiosos, antiquários e turísticos. Além de pequenos restaurantes e padarias com comidas típicas e tradicionais do oriente médio do mediterrâneo asiático, tudo isso unido as muitas cores, etnias, cheiros de incensos, músicas, sons e gritos entusiásticos dos pequenos comerciantes que lá habitam.



Para quem chega nessa mística cidade pela primeira vez, depois (é claro!) de tamanha ansiedade que acompanha o entusiasmo do viajante, de só em saber que adquiriu ou ganhou o seu bilhete de embarque para Jerusalém. A emoção transborda em lágrimas involuntárias pelos olhos de só deslumbrar a primeira vista de suas muralhas e portões seculares.

Se a pessoa for extremamente religiosa, ou mesmo não sendo tão religiosa, ou simplesmente ter uma obsessão cultural anômala com a importância de Jerusalém, ou sendo aquele indivíduo que apenas faz parte de um pequeno grupo religioso com crenças espirituais idiossincráticas, mesmo que sendo uma pessoa mentalmente equilibrada, pode tornar-se “psicótica” depois que chega a Cidade de Davi. Esse fenômeno é popularmente conhecido como ‘Síndrome de Jerusalém’.



Está dita “síndrome”, que para alguns é uma experiência religiosa, que tem base em delírios, dejavus, e até visões, que para os céticos se enquadra no campo das psicoses, que afeta tanto turistas como os seus próprios moradores, engatilhada pelo ambiente místico religioso, histórico e espiritual da cidade bíblica mais sagrada da Terra Santa, compartilhada tanto por judeus como cristãos e seus simpatizantes, trazem um padrão distinto de comportamento, como: ansiedade, agitação, nervosismo e tensão (mais outras reações não-especificadas); declaração do desejo de separar-se do grupo ou da família e andar sozinho pelos muitos ambientes da cidade; necessidade de estar limpo e puro (obsessão por tomar banhos e duchas, compulsão por aparar as unhas das mãos e pés); preparação, frequentemente empregando roupa de cama do hotel, de uma longa vestimenta que chega aos tornozelos, no estilo de uma toga, invariavelmente branca; necessidade de gritar salmos ou versículos da Bíblia, ou cantar hinos religiosos em altos brados; fazer procissão ou marcha para um dos lugares sagrados; Proferir um "sermão" num lugar sagrado (o sermão é geralmente muito confuso e baseado no argumento de que a humanidade adote um modo de vida mais íntegro, moral e simples).

Em casos mais graves, referente aqueles indivíduos que já haviam sido diagnosticados como tendo uma doença psicótica antes de chegarem a Jerusalém, que foram morar ou visitar a cidade por conta de suas ideias religiosas delirantes, em que acreditam que suas vidas e vinda a Cidade Sagrada tem uma causa messiânica. Podemos encontrar pelas vielas, ruas e praças homens ou mulheres que sendo cristãos, se dizem ser Jesus Cristo, Maria de Nazaré ou João Batista. E, sendo judeus dizem ser Moisés, Rei Davi, Rei Salomão ou José (um dos doze patriarcas do povo hebreu, que foi o governador do Egito). Em ambos os casos, discursam versículos bíblicos, ou se auto justificam como sendo esses personagens, vestidos à características antigas. Devido a grande frequência desse transtorno dissociativo histérico entre os muitos turistas que visitam Jerusalém, os guias turísticos e a guarda municipal da cidade passam por treinamentos específicos para reconhecer, tratar, e nos casos mais sérios, encaminhar “os síndromes” para postos de saúdes psiquiátricos instalados na cidade só para remediar esse mal. Há muitos casos que constatados certas gravidades, esses profissionais psiquiátricos recomendam ou solicitam que o paciente volte imediatamente para seu local de origem.



Há mais ou menos 3.000 anos atrás, de acordo com a tradição bíblica, proclamada como capital do Reino de Israel pelo Rei Davi, Jerusalém (a maior cidade em Israel e lar de aproximadamente um milhão de habitantes) vem enfrentando inúmeros problemas para ser oficialmente reconhecida pela comunidade mundial, para ser a capital do Estado moderno de Israel, apesar de a Jerusalém moderna crescer para muito além dos limites da cidade antiga, ocupando lugares históricos e construindo casas em terras antes confiscadas pelos palestinos, asseguradas nas resoluções da ONU. Mesmo assim, o Estado de Israel desde a ‘Guerra dos Seis Dias’ que cominou na ocupação da parte oriental de Jerusalém, afirmando soberania sobre toda a cidade, e que mesmo com as fortes críticas das comunidades internacionais, condenadas pelas resoluções 252, 446, 452 e 465 das Nações Unidas, vem atualmente estabelecendo novas conquistas com a ‘Lei de Jerusalém’ (aprovada pelo Knesset israelense em 30 de julho de 1980, que estabelece Jerusalém como a Capital do Estado de Israel), como a mudança da embaixada norte-americana (USA) de Tel Aviv para Jerusalém, indo contra o ‘Estatuto de Jerusalém’ que reivindica o ‘Plano de Partilha da Palestina’, aprovado pelas Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, que estabelece a cidade antiga (que é dividida em quatro bairros — armênio, cristão, judeu e muçulmano — desde o início do século XIX) como um território internacional.


Todo conflito palestino-israelense, que vem causando inúmeras mortes e atentados dos dois lados, é centralmente ligado aos seus espaços religiosos sagrados, em especial a Cúpula da Rocha (Mesquita Al-Aqsa), onde se crê que ficava a parte mais importante do Templo Sagrado dos judeus, o Santo dos santos. Em que os líderes árabes afirmam que os judeus não têm nenhum laço histórico com Jerusalém, e os judeus afirmam que a Palestina é uma alegoria árabe. Pois, não existe povo, língua, etnia ou nação palestina, e sim, árabe. Sendo que a palavra Palestina (Filistine 'פַּלֶשְׂתִין' em hebraico) deriva da antiga Filisteia e os antigos inimigos do Reino de Israel, os filisteus. Já que a soberania do Estado Islâmico sobre Jerusalém vem do ano de 638 d.C. (e posteriormente, com a derrota dos cruzados em 1187 por Saladino, em 1250 pelos mamelucos árabes, e, em 1517 pelo domínio Turco Otomano) com a queda do Império Bizantino, em que antes, em um pequeno intervalo de tempo, se deu com a ‘Revolta Judaica contra Heráclio’, (peço para que pesquisem sobre isso, se quiserem se aprofundar no assunto) em que os judeus reconquistou Jerusalém em julho de 614, mas com a sobre-reconquista bizantina em 629, o império cristão para humilhar os judeus, e se vingar da morte de muitos cristãos durantes as guerras judaicas sionistas, rebatizou a terra de Israel com o nome de seus antigos inimigos, que muito anteriormente foram exterminados pelo Rei de Israel David, chamando a terra de Israel de ‘Palestina Prima’ ou ‘Palestina I’, fazendo referência aos filisteus e a Filisteia.


Enquanto a etimologia da cidade bíblica que deu origem ao nome ‘Yerushalayim’ seja incerta, várias interpretações linguísticas têm sido propostas. Alguns acreditam que é uma combinação das palavras em hebraico ‘yerusha’ (legado) e ‘Shalom’ (paz), ou seja, legado da paz. Outros salientam que ‘Shalom’ é um cognato do nome hebraico ‘Shlomo’, ou seja, o Rei Salomão, o construtor do Primeiro Templo. Alternativamente, a segunda parte da palavra seria Salem (Shalem literalmente “completo” ou “em harmonia”), um nome recente de Jerusalém isto aparece no livro de Gênesis. Outros citam as cartas de Amarna, onde o nome acadiano da cidade aparece como Urušalim, um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que há uma conexão a Shalim, a deidade beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como a personificação do crepúsculo. De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló, seu sobrinho. Abraão perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se podiam abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado de Yireh, o nome que Abraão deu ao monte do Templo) produzindo Yeru-Shalem, significando a ‘cidade de Shalem’ ou ‘fundada por Shalem’ Shalem significa ‘completo’ ou ‘sem defeito’. Por isso, ‘Yerushalayim’ significa a ‘cidade perfeita’, ou ‘a cidade daquele que é perfeito’. O final ‘im’ indica o plural na gramática hebraica e ‘ayim’ a dualidade, possivelmente se referindo ao fato que a cidade se situa em duas colinas. Alguns acreditam que a cidade chamada de Rušalimum ou Urušalimum que aparece nos achados do Antigo Egito é a primeira referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero ‘sagrada’ e chamaram de Hierosolyma. Para os árabes, Jerusalém é al-Quds ‘A Sagrada’. Foi chamada de Jebus (Yevus) pelos jebusitas. Sião (Tzion) inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a cidade como um todo. Durante o reinado de Davi, ficou conhecida como ‘Yir David’ (a cidade de David).



A cidade atual de Jerusalém começou seu crescimento em meados do século XIX, e os edifícios do início do século XX da Nova Jerusalém central recordam uma pequena cidade Bauhaus europeia. A cidade moderna envolve a antiga cidade murada, elegantes avenidas levam a dezenas de bairros residenciais, áreas comerciais, museus, o complexo de governo que inclui o Knesset (Congresso) e a Suprema Corte, e o Museu Yad Vashem - Memorial do Holocausto.



Se você vai visitar Jerusalém pela primeira vez, fique atento a ser surpreendido por essa cidade mística e lendária, e se por acaso ver pessoas que dizem ser Jesus, Davi e o Messias carregando cruzes ou pregando o fim dos tempos em praças públicas, saiba que isso é normal por lá, e que pode acontecer também com você, pois sua “síndrome” pega as pessoas que se dizem psicologicamente sãs de surpresa, sendo que alguns acham que não é bem uma síndrome (doença), e sim, uma “experiência mística” que a cidade presenteia a quem ela quer. Se sair a noite pelas madrugadas, cuidado! Pois, verá coisas inacreditáveis. Lembre-se! Jerusalém não é qualquer cidade, muitas guerras e fatos extraordinários aconteceram sobre esse solo manchado de sangue de homens santos e puros, corruptos e hipócritas. Aqui vai uma lista com dicas de lugares para visitar:

Cidade de Davi

Centro Davidson & Parque Arqueológico de Jerusalém

Sinagoga Hurva

Museu de Israel

Knesset - Parlamento

Shopping Mamilla

Monte das Oliveiras

Caminhar pelas ruas Nahalat Shiva e Ben Yehuda

Portões da Cidade Velha

Museu da Torre de David

Muro das Lamentações

Túneis do Muro das Lamentações

Museu Yad Vashem - Memorial do Holocausto

Museu Terras da Bíblia

Zoológico Bíblico

Museu Burnt House

Janelas Chagall na Sinagoga do Centro Médico Hadassah em Ein Karem

Igreja do Santo Sepulcro

Grande Sinagoga

Campus da Universidade Hebraica de Jerusalém

Sinagoga Italiana

Jardim Botânico de Jerusalém

Museu de Arte Islâmica L. A. Mayer

Mercado Machane Yehuda

Mea Shearim

Museu Menachem Begin Heritage Center

Monte Herzl

Monte Zion

Ramparts Walk na Cidade Velha

Museu Old Yishuv Court

Suprema Cort

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